Como usar a filosofia como manual para a vida?
Qual o seu objetivo na vida? Esse artigo vai sondar essa pergunta em quase todos os âmbitos filosóficos que conhecemos até hoje. Desde o estoicismo até o niilismo que nos permite gozar a vida plenamente entendendo a nossa natureza humana.
A filosofia surgiu da necessidade do homem de entender as coisas e a sua condição como ser humano. Por isso hoje em dia é tão utilizada por livros de autoajuda e coachs. Mas na verdade, por simplesmente ler algum dos grandes pensadores e filósofos da nossa história podemos entender os porquês de algumas coisas.
Imaginar uma vida livre de obrigações é como um farol que nos orienta. Embora é importante tomar consciência que nunca alcançaremos a luz do nosso destino (o farol), ou seja, nunca viveremos uma vida que seja puramente desejo e sem nenhuma obrigação. Ainda assim poderemos nos guiar por essa luz que escolhemos seguir.
O que dizem os grandes filósofos sobre a experiência de viver?
Conhecemos bem a Sócrates e Platão e a sua visão idealista do sentido humano transcendido pelo sentido divino: onde o sem sentido mundano é superado pelo sentido celeste, a mesma coisa aconteceria com o mal pelo bem, o erro pela verdade e o irracional pelo racional.
Existe uma tradição sapiencial que trata de vislumbrar uma certa sabedoria da existência. Se trata da grande tradição sentenciosa que tem por figuras relevantes a Buda e Lao-Tsé, o Cohélet e Epicuro, a Plutarco e Epicteto, a Sêneca e a Marco Aurélio, e logo passa através do moralismo de Kempis pelo humanismo de Montaigne.
Voltamos a Sócrates, no qual personifica a procura pelo sentido como digno de estima, assim como valor o digno de amor. Mas o sentido no final das contas está atravessado de coisas sem sentido, e o próprio Sócrates sabe vem quando adverte para não se deixar escravizar pelas paixões. Dessa forma propondo outros valores e prazeres que são meramente animais, corporais e materiais. Porém ao mesmo tempo assumindo um modo de vida estoicizante capaz de recusar o mais fácil para não sofrer o mais duro.
Friedrich Nietzsche e a vontade de potência
A vontade de poder, vontade de potência é um conceito muito importante da filosofia de Friedrich Nietzsche. Está descreve o que ele considerava ser o motor principal do homem: a ambição de alcançar nossos desejos, a demonstração de força que nos faz nos apresentar ao mundo e estar nele no lugar que nos corresponda. Todas essas são manifestações da vontade de poder. Outro ponto particular da vontade de poder é que ela também representa um processo de expansão da energia criativa , que de acordo com Nietzsche, era a força interna fundamental da natureza.
Tudo que é vivo deseja viver
Viver o momento presente é algo que somos todos conscientes, mas que deixamos as vezes de lado devido a pressa, o trabalho, o estresse e outros muitos fatores que fazem com que cada dia seja como outro qualquer. Somente, quando nos encontramos doentes o em uma situação adversa somos conscientes do aqui e do agora, do nosso presente do qual ignoramos sem dar a devida importância.
Contudo sacrificar nosso presente para pensar apenas no futuro nos impede de desfrutar do agora. Este agora que constitui tudo que a vida significa, onde está todo o positivo, toda nossa felicidade. Um dos provérbios mais conhecidos talvez em alguma ocasião temos colocado em prática. Mas quanto tempo durou? Provavelmente apenas algum dia ou dois. A pressa, a rotina, o estresse e a consciência de pensar sempre no futuro nos impedem de olhar o nosso momento presente e ver o que conseguimos até o momento. Dessa forma nos impedindo de desfrutar de nossas conquistas, sempre nos obrigando a ser mais do que realmente somos.
Como entender o niilismo como fonte inspiradora
O Niilismo ativo é na sua essência afirmativo, e não conhece a culpa: “Nós, os imorais, abrimos nosso coração a todo espécie de compreensão e afirmação. Ou seja, negar parece no final das contas uma tarefa fácil já que baseamos nossa honra em pura afirmação”. O Niilismo é o álibi perfeito para a ação segundo o jovem Fernando Savater, e não abaixar os braços ou tirar definitivamente a toalha.
Por essa razão, resulta necessário, agora mais que nunca, encontrar um amor, um novo amor. E esse novo amor é a vida, portanto a vida imortal que nos abençoar. Porque como o próprio Nietzsche disse: “Temos que deixar de ser seres que rezam para sermos seres que bendizem”.